sábado, 19 de fevereiro de 2011

Séries de que eu gosto (14) - Jerry Spring (3)

As histórias de Jerry Spring têm poucas figuras femininas, revelando talvez, influência da censura da época, quer da explícita quer da que os autores acabavam por se imporem a si próprios. As histórias têm personagens masculinos, sendo reservado à s mulheres um papel de figurante, ou então, uma atitude masculina seja na acção, seja na indumentária que vestem.

No álbum que se seguiu a L’ or de personne, A rapariga do Canyon, numa época em que a rigidez moral dos anos 50 e iItáliconício dos anos 60 já se esvaíra, Jijé desenha na capa uma cena proibida pela censura em 1962 em A rota do Coronado, aquando da publicação em álbum: Pancho a lutar de mãos livros com um índio armado.

Versão não censurada e publicada na revista Zorro


Versão censurada de A rota do Coronado
A rapariga do Canyon traz para a série as mulheres de aspecto feminino e sensuais.

A rapariga do Canyon

Le grand Calumet é o último episódio desenhado por Jijé, episódio onde o amigo Derib e a sua família aparecem como personagens. É o adeus de Jijé à série.

Derib retratado em Le grand Calumet

Em 1990 houve uma tentativa de continuar a série, com o episódio Colére Apache desenhado por Franz e com argumento de Festin, mas não passou de uma tentativa fracassada. A série não sobreviveu ao seu criador.
A primeira publicação de Jerry Spring em Portugal ocorreu na revista Cavaleiro Andante nº 210 em 7 de Janeiro de 1956, com as duas primeiras páginas da série publicadas a cores. Na semana seguinte teve direito a ser a série que fez a capa da revista. O episódio foi traduzido como O segredo da mina abandonada.
Durante os anos seguintes a revista publicou mais alguns episódios.
A revista Zorro, nos anos sessenta, e em especial, o Mundo de Aventuras, na década de 70 e 80, levaram o conhecimento da série às gerações seguintes.

Capa da revista Zorro

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