domingo, 29 de março de 2009

Capas (24)

Capa da revista Interpol número 1, publicada em 15 de Março de 1974

quarta-feira, 25 de março de 2009

Capas (23)

Capa da revista Policial número 4, publicada em Outubro de 1960.


sábado, 21 de março de 2009

A BD e a II Guerra Mundial (3) - Fantasma

Fantasma é uma das séries que mais reacções negativas provoca, devido ao seu excessivo americanismo, laivos de racismo e conservadorismo social e moral. Não deixa no entanto de ser também uma das séries mais publicadas no mundo e com mais apreciadores.
Criada em 17 de Fevereiro de 1936 com texto de Lee Falk e desenhos de Ray Moore ainda hoje é publicada, tendo por autores Paul Ryan no desenho e Tony DePaul no argumento.
A sua participação na 2ª guerra mundial durou cerca de um ano. Iniciou-se na tira publicada em 2 de Fevereiro de 1942 e terminou a 9 de Janeiro de 1943. Há a curiosidade de ter sido neste período que ocorreu uma das mudanças de desenhadores da série. Wilson McCoy substituiu Ray Moore.
Não será difícil de encontrar a causa desta incursão do herói no conflito mundial. Em 7 de Dezembro de 1941 o Japão atacou a base norte-americana de Pearl Harbour. Na sequência deste acto os Estados Unidos declararam guerra ao Japão.
Veja-se que dois meses depois o Fantasma entra na guerra. Os japoneses invadem Bengali de surpresa, atacando em força com milhares de homens, aviões e carros blindados, mas o Fantasma, com a ajuda dos pigmeus, conseguirá expulsá-los, embora tenha também no final a ajuda das tropas aliadas.

A supremacia militar da invasão japonesa
É visível no episódio o ódio americano aos japoneses mostrando-os cruéis, despidos de qualquer sentimento de bondade. Ao contrário do que é costume, o Fantasma mata. O herói que sempre se caracterizou por conseguir vencer os inimigos sem necessitar de os matar, neste caso usa as própria mãos para matar um tenente japonês.

O Fantasma afoga o japonês
O japonês morto pelo Fantasma

Os japoneses surgem com os rostos quase caricaturais, onde o tenente Kurachi é um dos casos mais evidentes.

Os rostos caricaturais dos japoneses

Sabendo-se que a banda desenhada publicada nos jornais era lida por muitos americanos, que seguiam fervorosamente as peripécias dos seus heróis favoritos, é evidente que este episódio pretendeu reforçar o sentimento anti-japonês dos americanos e ridicularizar o seu poder militar.

As armadilhas dos indígenas vencendo os japoneses

Não sei se o episódio se encontra publicado em Portugal.
As imagens aqui publicadas são de uma edição espanhola, onde a série se designa El Hombre Enmascarado.

O Fantasma contra o poder dos japoneses

terça-feira, 17 de março de 2009

A BD e a II Guerra Mundial (2) - Joe Palooka

Joe Palooka, ( Zé Sopapo), personagem criada por Ham Fisher em 19 de Abril de 1930, era um profissional de boxe que foi um percursor da participação das personagens das séries americanas na segunda guerra mundial.
Apesar de os Estados unidos não estarem em guerra, logo em 1940, Palooka preparou os americanos para a guerra dizendo que se iria alistar.
Joe Palooka foi o primeiro a alistar-se para a guerra e o seu autor receberia por isso os parabéns do presidente Roosevelt.
Joe Palooka será um simples soldado, mostrando-se como símbolo da honestidade da humildade e do orgulho americano.

sexta-feira, 13 de março de 2009

A BD e a II Guerra Mundial

De 1939 a 1945 o mundo esteve em guerra. Foi a designada II Guerra Mundial. Apesar de ter o epíteto de mundial e ter envolvido países de todos os continentes, a Europa e a Ásia foram os mais atingidos.
A banda desenhada não passou, nem passa ainda, à margem deste acontecimento. Apesar de ter decorrido em apenas 6 anos, as histórias de banda desenhada que abordam o tema são imensas. É sem dúvida o acontecimento bélico que mais episódios tem nesta arte.
Há diferentes abordagens.
Existe a BD feita ainda durante o período da guerra, cujo objectivo era moralizar as populações envolvidas. Estão neste caso as séries americanas, com heróis mobilizados para a guerra e outros criados especificamente para lutarem no conflito.
Há aquela a que foi feita logo a seguir e durante muitos anos, glorificando os vencedores sempre vitoriosos. Existe a BD mais recente, que tenta fazer uma abordagem mas profunda dos factos ocorridos fugindo apenas à troca de tiros entre os soldados.
Claro que a BD que conhecemos apenas mostra o lado vencedor, mas decerto que haverá também BD feita pelos vencidos, que não conheço.
A qualidade da abordagem ao tema é muito variável, e na selecção que irá ser feita aqui, pretende-se mostrar essa variedade.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Revistas (2) - Jaguar (2)

Portugueses

A publicação de banda desenhada portuguesa resumiu-se à reedição de duas obras de Eduardo Teixeira Coelho; Sigurd, o herói e O mensageiro, as duas no número seis.


Vinheta de Sigurd, o herói

Clássicos americanos

As tiras dos jornais americanos também não faltaram. Rick O’ Shay, de Stan Lynde, teve três episódios publicados, todos no número cinco, X-9 teve um episódio desenhado por Bob Lewis, e Brick Bradford de Paul Norris também teve um episódio. Flash Gordon, além de um episódio em tiras, desenhada por Dan Barry, também surgiu numa outra história , proveniente da página semanal, a autoria de Mac Raboy.

Vinheta de X-9

Jesus Blasco

Jesus Blasco, além das páginas humorísticas de Coisas do Cuto, apresentou ainda 5 histórias desta sua personagem.
Outra série importante deste autor foi “Os guerrilheiros” que surgiu por duas vezes.

Vinheta de Os Guerrilheiros (Los guerrilleros)

Ainda um episódio de Dick Turpin no número 10, um de Garra d’aço, o famoso agente que se podia tornar invisível, um de Arco Negro, uma série de Oeste que Blasco também desenhou, e um de O homem Indestrutível.
Mas a participação de Blasco não se ficou por aqui. A longa historia, Dan Jansen em O país perdido, que ocupou 51 das 52 páginas do número 9, e mais três histórias: O planeta misterioso com 40 páginas; duas mais curtas, Jim Temible com 9 páginas e A cabeça do rei com 6.

Os restantes
Mas a família Blasco ainda teve mais um participante identificado: Alejandro Blasco com a história Speed.
Resta indicar mais três autores publicados: Vítor de La fuente que desenhou dois episódios da excelente série Sunday;

Sequência de Sunday
uma história da série Os mosqueteiros do rei, desenhada por Arturo del Castillo, e duas páginas, em estilo documentário, desenhadas por Aura Leon intituladas Quadros do Oeste Americano.

Os mosqueteiros do rei

Numa análise global, verifica-se uma banda demasiado larga nos estilos.
Humor com características infantis, como o de Cabrero Arnal e as séries Don Rosnido e A Tartaruga Detective. Por outro lado, Olho Vermelho, que como qualquer série vinda dos jornais norte-americanos, era dirigida a um público adulto.
Na restante BD esta ambivalência manteve-se, ficando muito indefinido qual o público que a revista pretendia alcançar.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Revistas (2) - Jaguar (1)

A colecção Jaguar durou 12 números. Iniciou a sua publicação em 15 de Outubro de 1971 e terminou a 1 de Junho de 1972. Começou com periodicidade quinzenal, mas depois passou a mensal. Talvez não seja estranha a essa mudança o custo da revista, 10$00, o que mesmo considerando que tinha 52 páginas, incluindo as capas, e que a contracapa era a cores, se tratava de um valor elevado para a época. O Mundo de Aventuras custava 3$00, o Jornal do Cuto 5$00 e o Tintin 7$50.

Capa do número 4

A colecção mais parecia um edição particular de Jesus Blasco, tão grande foi o número de histórias deste autor que publicou.
A revista trazia sempre de 1 a 3 histórias longas e depois um conjunto de histórias de 1 página ou tiras humorísticas.
Apenas uma vez, no número 9, foi publicada apenas uma história.
No número 1 foi publicado um conto de Raul Correia, mas a partir daí a revista apenas publicou Banda Desenhada.

O Humor

Em termos de humor surgiram duas páginas de O gato Costeleta, sem assinatura. Ainda sem assinatura, houve duas tiras a cores no número 2, assim como as séries Don Rosnido e A Tartaruga Detective, cada uma delas com duas histórias.

Uma aventura de O gato Costeleta

Jesus Blasco, também assinou desenhos humorísticos: Marcela, com duas páginas e Coisas do Cuto, histórias de uma página, por 12 vezes.


Página de Coisas do Cuto

Moreno assinou duas páginas de humor e Alfonso um conjunto de 4 sequências, a duas tiras cada, de Humor Negro.
Há que registar as 10 páginas de Cabrero Arnal assim como 48 tiras de Olho Vermelho, estas publicadas todas no número 12.

Tira de Olho Vermelho

domingo, 1 de março de 2009

Capas (22)

Capa do Mundo de Aventuras número 1126, publicado em 22 de Abril de 1971.